Valorizando o ato de ouvir a arte de dar feedback

O processo comunicacional ocorre quando entendemos o que ouvimos. Isso quer dizer em perceber a ideia expressa e a atitude do ponto de vista do outro que está no diálogo, para entender como ela se sente e atingir seu ponto de vista (aquilo que se precisa passar de informação). Se formos pensar na questão das necessidades humanas, o ato de ouvir é um processo natural e uma necessidade básica. No entanto, ele é tão complicado quanto à leitura, a escrita e a fala. O ato de ouvir requer atividade mental e física, pois ouvir não é um ato passivo. A maioria dos problemas de comunicação entre as pessoas está relacionado ao ato de ouvir. Olhem só estas dicas para se levar em consideração para uma audição ativa eficaz:
- Mantenha contato visual. Como você se sente quando alguém não olha para você quando está falando? Se você for como a maioria das pessoas, é possível que interprete esse comportamento como indiferença e falta de interesse. Sim, eu sei que podemos escutar com nossos ouvidos, porém as pessoas tendem a julgar se estamos realmente ouvindo olhando nos nossos olhos.
- Acenos afirmativos com a cabeça e expressões faciais de reforço. Um bom ouvinte mostra interesse naquilo que está sendo dito. Isso é possível ser feito via sinais não-verbais; balançar de cabeça afirmativos e expressões faciais adequadas, quando acompanhados por um bom contato visual, mostram ao emissor que você está atento ao que está sendo passado.
- Evite gestos ou comportamentos distraídos. Ao escutar, não olhe para o relógio, evite mexer em papéis ou não se ocupe com distrações semelhantes. Elas fazem o emissor pensar que você está entediado ou distraído. Talvez o mais importante é que elas indicam que você não está completamente atento e pode estar perdendo parte da mensagem que ele deseja transmitir.
- Pergunte! O ouvinte atento analisa e faz perguntas. Tal comportamento leva a esclarecimentos, garante compreensão e assegura ao orador que você está ouvindo.
- Evite interromper o narrador. Deixe o emissor da mensagem concluir sua linha de pensamento antes de tentar responder. Não tente cogitar onde os pensamentos do orador irão chegar. Quando o orador tiver concluído, você saberá!
- Faça movimentos suaves entre os personagens de emissor e ouvinte. Na maioria das situações, você está continuamente alternando os papéis de emissor (papel principal) e receptor (coadjuvante). O ouvinte ativo deve fazer mudanças suaves de orador para ouvinte e novamente para orador. Da perspectiva da audição, isso significa concentrar-se naquilo que o orador tem a dizer e procurar não pensar no que você vai dizer assim que tiver uma chance.
E qual a importância do feedback...
Para uma boa manutenção no processo de comunicacional, motivação de equipe e estreitamento das relações, o feedback, que significa retroalimentação, é peça fundamental! Ele é um processo eficaz de ajuda para melhorar o desempenho e a comunicação entre os pares. Outro ponto importante é que, em todo momento, as pessoas recebem feedback. A falta de habilidades de fazer críticas construtivas e saber receber críticas, muitas vezes determina o baixo desempenho ou falta de maturidade pessoal e profissional.
Alguns dos maiores problemas, relacionados à importância do feedback, são a característica naturais dos indivíduos em não conseguir fazer críticas positivas; isto é, não reconhecimento ou referendar o bom desempenho e a crítica negativa que é feita de maneira tal que seu impacto é um fator aniquilador da motivação. Para alguns autores de referência no assunto, no processo de desenvolvimento da competência interpessoal, feedback é um processo de ajuda para mudanças de comportamento, é comunicação a uma pessoa, ou grupo, no sentido de fornecer-lhe informações sobre como sua atuação está afetando outras pessoas.
Quando a ferramenta do feedback é utilizada de forma correta, ela ajuda o indivíduo (ou equipe de trabalho) a melhorar seu desempenho e assim alcançar seus objetivos, fora que proporcionar um melhor direcionamento das expectativas do trabalho ou relação, e também otimiza a sinergia e o clima organizacional.
Por Junior Lopes, diretor voluntário da ABRH-PA.